Aplicando soluções de monitoramento para aumentar a produtividade na Indústria

Quem trabalha em uma planta industrial sabe que se trata de um ambiente complexo. São matérias-primas, máquinas, equipamentos, pessoas e processos, todos entrecruzados em uma rotina intensa de produção. É neste cenário que somos especialistas em aplicar soluções. Elas levam nossos parceiros de negócios a melhorar processos, aumentar a produtividade, ou ainda, obter controle de situações, proteção do patrimônio e segurança.   

Por que apostamos nisso:

Porque somos convictos de que para ter uma fábrica de alta performance você precisa de um entendimento completo dos seus procedimentos e atividades. Ao combinar câmeras, dispositivos de radar, controle de acesso e equipamentos de áudio com análises inteligentes, entre outros, nossas soluções de monitoramento entregam essa visão completa. 

Quais ganhos isso traz?

  • Isso permite que você fique de olho em toda a sua operação;
  • fornece as ferramentas para interpretar as suas observações; 
  • também pode proteger seus sites contra invasão, roubo e sabotagem,
  • garantir que seus funcionários sigam as políticas de segurança;
  • permite que você cubra vários locais a partir de uma única sala de controle.

Sim, é sobre ter isso na sua fábrica que nós estamos falando.

CONHECENDO MAIS AS APLICAÇÕES

Aplicadas na sua fábrica, essas soluções aumentam o controle de invasores, a saúde e segurança, além da eficiência operacional. O foco deste texto é eficiência operacional, pois sabemos que é um ponto central.

O tempo de inatividade em uma fábrica é caro, não importa o motivo. Por isso, precisamos evitar ao máximo as interrupções, aplicando soluções que dão diagnóstico em tempo real, maior eficiência e permitem a manutenção preventiva.

Evandro Eckile, CEO da i3C

O que podemos fazer:

Podemos integrar as soluções de monitoramento por vídeo à arquitetura do seu sistema de controle, após a elaboração de um projeto personalizado que considera também os pilares de processos e pessoas.

Quais ganhos isso traz?

  • Você passa a inspecionar e verificar visualmente os processos;
  • monitorar a eficiência da produção,
  • fornecer assistência remota à equipe de manutenção. 
  • Também passa a contar com suporte à coleta de dados e planejamento para manutenção preditiva.
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Caminhão inteligente é entregue com apoio da i3C a projeto entre Senai/SC e Schulz S.A

Um caminhão com sensores que avisam em tempo real ao motorista na cabine sobre a pressão do sistema de freio a ar. Esta é a inovação que está em fase final de montagem em Joinville/SC. 

O protótipo deve servir de plataforma para treinamentos a motoristas e mecânicos, com foco na redução de acidentes de trânsito. Um desafio levado pela Schulz S.A ao Senai/SC e viabilizado pela parceria da instituição com a empresa de tecnologia i3C.

A i3C aplicou soluções de Indústria 4.0 para promover a transformação digital em sistemas de freio de linha pesada, o que resultou em um projeto de digitalização e captura de dados do sistema de freios, o qual opera a ar. A assinatura é do engenheiro de Pesquisa e Desenvolvimento, Fabio Obaid.

“A solução passa por sensores instalados nas quatro rodas, nos sistemas de freio e no monitoramento elétrico da bomba. Os dados captados por esses sensores são transmitidos em tempo real para um painel instalado na cabine e para a nuvem”, explica o CTO da i3C, Maikon Ulrich.

Vídeo mostra a linha de montagem do caminhão inteligente

FOCO NA EDUCAÇÃO

No Senai/SC, todo trabalho é realizado por instrutores e alunos. O caráter educativo está tanto na finalidade do projeto, que é a capacitação, quanto na sua concepção e desenvolvimento. O caminhão inteligente foi desenvolvido como material didático para módulos de treinamento sobre sistemas de freio.

“Essa aproximação entre a indústria e instituição de educação é muito importante, pois promove o conhecimento técnico e colabora com o desenvolvimento de tecnologias de ponta usadas na indústria”, destaca Dinor Martins Júnior, especialista do Senai/Joinville.

O protótipo deve ser entregue nos próximos dias. Inicialmente, a inovação está voltada à capacitação e treinamento. A apresentação oficial deve ocorrer na Autopar, um dos principais canais de lançamento de produtos e serviços para o setor automotivo do Sul do Brasil, marcada para 11 a 14 de maio, em Curitiba. 

“A inovação está no DNA da i3C. Por isso, abraçamos essa parceria e colocamos nossos melhores profissionais de P&D para criar a solução. É muito satisfatório que nossa entrega seja colocada à serviço da sociedade, e para um resultado tão relevante, que é a valorização da vida com a redução dos acidentes de trânsito”,

DESTACA EVANDRO ECKILE, CEO DA I3C.

CEO da i3C assume diretoria da Associação Brasileira de Internet Industrial

O CEO da i3C, Evandro Eckile, passa a integrar a nova diretoria da ABII, eleita nesta segunda (25/04) para o próximo biênio. Até abril de 2024, sob o comando do presidente José Rizzo Hahn Filho, diretor da Pollux Part of Accenture, a ABII segue com o objetivo de promover o crescimento e o fortalecimento da internet industrial das coisas e da indústria 4.0 (IIoT & I4.0) no Brasil.

Além de iniciar a renovação da diretoria com a mudança de dois diretores, a associação também definiu nomes para o conselho fiscal e criou um conselho consultivo. Fundada em 2016, a ABII fomenta o debate entre setores privado, público e acadêmico, a colaboração, a geração de conhecimento e o intercâmbio tecnológico e de negócios com associações, empresas e instituições internacionais.

Evandro já integrava a gestão anterior como líder do GT de Negócios. Agora, passa a atuar na diretoria ao lado de Daniel Marques de Moraes (Tupy) e Jordana Arruda (Pollux Part of Accenture). Completam o quadro: Luiz Willibaldo Junge (Moore), diretor administrativo e financeiro; e Rafael Bello Zimath (Silva, Santana & Teston Advogados), diretor jurídico. Luís Gonzaga Trabasso (Senai/SC) segue na vice-presidência.

“As indústrias brasileiras têm o desafio urgente de acelerar sua competitividade. E nós sabemos do quanto as soluções de Indústria 4.0 e IIoT conduzem a isso, ao promover aumento da produtividade, melhora do desempenho e redução de custos. A ABII tem potencial único de levar cada vez mais longe esse nosso movimento de transformação digital embasado em tecnologia, processos e pessoas”,

declarou o novo diretor.

Sobre a i3C

Empresa de tecnologia com sede em Joinville/SC, a i3C impulsiona o movimento da transformação digital no Brasil, oferecendo soluções integradas e completas em tecnologia, aliada à revisão de processos e ao envolvimento de pessoas, para os negócios fazerem mais, melhor e com menos. É especialista nas áreas de Indústria 4.0, Internet das Coisas (IoT), Conectividade e Segurança. Atua do diagnóstico ao acompanhamento dos resultados projetando e entregando soluções.

Joinville é a melhor cidade de SC para se investir no setor industrial, aponta pesquisa

A cidade de Joinville foi escolhida a melhor de Santa Catarina para se investir no setor industrial. O resultado está presente na pesquisa das “Melhores Cidades para Fazer Negócios 2.0”, da Urban Systems, publicada no final do último ano. 
 
Considerado o principal polo industrial do estado catarinense, Joinville também está entre as 50 melhores cidades do País no setor, de acordo com o estudo, que analisou dados e indicadores de 325 municípios brasileiros — todos com população superior a 100 mil habitantes. Em entrevista ao portal Brasil61.com, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Mário Cezar de Aguiar, destacou que Joinville é o berço da industrialização do estado e a importância do resultado para o desenvolvimento do setor. 
 
“O resultado vai ajudar na vinda de novas empresas para a região. Joinville tem forte vocação industrial que, aliás, é uma indústria muito diversificada e nessa região se encontra o maior condomínio multissetorial do sul do Brasil, mostrando que há vários segmentos que podem ser incrementados ao setor industrial na região”, afirma. 
 
Aguiar afirma que a Federação está à frente de iniciativas para fomentar o crescimento da indústria local, inclusive a nível internacional. “Nós identificamos um potencial enorme de nós internacionalizarmos ainda mais as nossas indústrias, muito por conta da infraestrutura de transporte, já que Joinville é servida por portos bastante eficientes, que são os portos de Itapoá e de Navegantes. Isso dá uma vantagem e uma atratividade bastante forte para o estabelecimento e o fortalecimento de novas indústrias na região”, acredita. 

Segundo Willian Rigon, diretor de marketing da empresa responsável pela pesquisa, apesar de cada município ter as suas peculiaridades, há pontos em comum às melhores cidades para fazer negócios, que podem ser observados. “É importante ter um ambiente favorável, ter mão de obra qualificada e uma gestão pública eficiente. Se a gente pudesse apontar três pontos específicos, são essas as características comuns às cidades melhores posicionadas”, cita.

Para chegar ao ranking, o estudo utiliza oito indicadores como base para todos os municípios. Eles estão atrelados ao impacto do novo coronavírus na saúde da população e na economia, além do desempenho econômico das cidades em aspectos como empregabilidade. Além disso, para cada setor, como o de serviços, por exemplo, são utilizados indicadores específicos para atribuir pontuação a cada cidade.

Fonte: Brasil 61

Baixo investimento em tecnologia reduz produção industrial no Brasil

No ano de 2021 como um todo, a produção industrial acumulou alta de 3,9% frente a 2020, apontam os dados da CNI, a Confederação Nacional da Indústria. Mas no resultado positivo está embutida a baixa performance da indústria brasileira no ano anterior, quando a produção caiu cerca de 4,5%. Na visão do especialista na área da Cigam, Alexandre Weisheimer, falta de investimentos em tecnologia é um dos principais fatores. Isto é, este comportamento, sobretudo, corrobora para produção industrial perder cada vez mais seu fôlego. A Cigam é fornecedora de software de gestão empresarial (Erp, Crm, Rh, Pdv e Mobile).

“A perda de competitividade em relação aos países que competem diretamente com o Brasil é cada vez maior”, afirma Weisheimer.

“Estamos passando por um período de agressiva transformação digital e o principal sintoma desta falta de infraestrutura em TI é a queda de produtividade”,

conclui o especialista.

A indústria precisa de investimentos urgentes em tecnologia

De acordo com o mais recente levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mais da metade da indústria brasileira está atrasada na corrida tecnológica. A pesquisa revela que 14 dos 24 segmentos do setor estão defasados em relação aos rivais globais na adoção de tecnologias digitais.

“Não é só uma questão de incentivos do governo ou desoneração fiscal, que também é importante, claro. Será necessário um redesenho estratégico em conjunto por parte dos players. Sem investimentos consistentes em tecnologia, de fato, está em risco a sobrevivência do setor industrial”, alerta Weisheimer.

O especialista ainda conta que há muito o que ser explorado em tecnologia. Como por exemplo, robôs autônomos, sistemas integrados, cibersegurança, computação em nuvem, internet das coisas, produtos diversos, impressão 3D, realidade aumentada e big data.

“Ferramentas inovadoras estão disponíveis no mercado. Além disso, muitas delas são acessíveis até mesmo para o pequeno empresário. Com planejamento e bons fornecedores é possível remodelar processos. Desta forma, é possível aumentar a produtividade das companhias com investimentos que cabem dentro do orçamento”,

finaliza Weisheimer.

Fonte: Portal eMóbile

Conexões industriais IOT devem crescer 107% ao ano até 2025, com ‘fábrica inteligente’

Um estudo da Juniper Research descobriu que o número global de conexões IoT Industriais aumentará de 17,7 bilhões em 2020 para 36,8 bilhões em 2025; representando uma taxa de crescimento geral de 107%. A pesquisa identificou a manufatura inteligente como um setor chave de crescimento do mercado de IoT Industrial nos próximos cinco anos; respondendo por 22 bilhões de conexões até 2025.

A nova pesquisa, IoT Industrial: Perspectivas do Mercado Futuro, Análise de Tecnologia e Principais Jogadores 2020-2025, previu que as redes 5G e LPWA (Low Power Wide Area) desempenharão papéis essenciais na criação de ofertas de serviços atraentes para a indústria de manufatura e permitindo a realização do conceito de ‘fábrica inteligente’, em que a transmissão de dados em tempo real e altas densidades de conexão permitir operações altamente autônomas para os fabricantes.

5G para maximizar os benefícios das fábricas inteligentes

O relatório identificou os serviços 5G privados como cruciais para maximizar o valor de uma fábrica inteligente para atender aos usuários, alavancando a tecnologia para permitir níveis superiores de autonomia entre as operações. Ele descobriu que as redes 5G privadas provarão ser mais valiosas quando usadas para a transmissão de grandes quantidades de dados em ambientes com alta densidade de conexões e onde níveis significativos de dados são gerados. Por sua vez, isso permitirá que os fabricantes em grande escala reduzam os gastos operacionais por meio de ganhos de eficiência.

Receita de software para dominar o valor de mercado da IoT industrial

A pesquisa prevê que mais de 80% do valor de mercado global da IoT Industrial será atribuível aos gastos com software até 2025; atingindo US $ 216 bilhões. Ferramentas de software que aproveitam o aprendizado de máquina para análise de dados aprimorada e a identificação de vulnerabilidades de rede agora são essenciais para operações de manufatura conectadas.

A autora da pesquisa, Scarlett Woodford, observou: ‘Os fabricantes devem ter cuidado ao implementar a tecnologia IoT; resistir à tentação de introduzir conectividade a todos os aspectos das operações. Em vez disso, os fabricantes devem se concentrar na coleta de dados nas áreas mais valiosas para impulsionar os ganhos de eficiência. ‘

A Juniper Research fornece pesquisa e serviços analíticos para o setor global de comunicações de alta tecnologia; fornecendo consultoria, relatórios de analistas e comentários do setor.

Fonte: Juniper Reserch/Reino Unido

Entrevista: Como a pandemia aumentou a urgência da transformação digital

entrevista transformação digital

“Acontece que não existe mais o que era antes”.

Enfático nesse alerta, o nosso CEO, Evandro Eckile, chama a atenção para a urgência da transformação digital no mundo corporativo pós-pandêmico.  Nesta entrevista, ele aponta que a tecnologia aplicada com inteligência, aliada a outros pilares, vai nortear indústrias e empresas em geral ao longo dos próximos cinco anos.

Para o CEO da I3C, não há dúvidas de que a tecnologia é uma aliada em todos os níveis da organização, mas as pessoas ainda estão no centro de todos os negócios.

“O que acontece é que as pessoas necessitam de processos digitalizados para aumentar a produtividade e fazer com que a empresa inteira se torne mais eficiente.”

Confira a entrevista completa:

Como você enxerga os desafios das corporações em um mundo impactado por uma mudança abrupta ocorrida pela disseminação de um vírus?

A disrupção foi a marca registrada de 2020. Em 2021, quem entendeu essa necessidade de fazer diferente está se saindo melhor que a concorrência e tendo menos impacto em seus resultados. Embora muitos líderes estejam acostumados com a mudança constante em suas empresas, a Covid-19 impactou o mundo de uma forma que ninguém poderia prever. As organizações mais ágeis, no entanto, conseguiram pivotar e criar estratégias para se adaptar aos novos tempos, enquanto outras, mais lentas, simplesmente ficaram à espera do retorno a como era antes. Acontece que não existe mais o que era antes.

Qual o papel da tecnologia na transformação das empresas?

Enquanto o mundo empresarial deve continuar respondendo à crise e explorando novas maneiras de impulsionar o crescimento, é necessário estar atento às oportunidades que vão levar seu negócio a se diferenciar do concorrente. Por si, a tecnologia não opera de forma independente. Ao contrário, faz parte de uma estratégia que deve estar solidificada na organização, que é a de manter o dinamismo para se adaptar rapidamente a novos cenários. Aliada a outros pilares, a tecnologia aplicada com inteligência vai nortear indústrias e empresas em geral ao longo dos próximos cinco anos.

Nesse sentido, a tecnologia substitui pessoas?

As pessoas ainda estão no centro de todos os negócios. O que acontece é que necessitam de processos digitalizados para aumentar a produtividade e fazer com que a empresa inteira se torne mais eficiente. A tecnologia é uma aliada em todos os níveis da organização. A transformação digital não acontece sem uma cultura organizacional que preze pelo papel dos colaboradores. Eles têm de saber que as ferramentas tecnológicas reforçam seu trabalho, como é verdade também o contrário, em um processo mútuo que dá agilidade à empresa, facilita os processos, torna mais seguro o ambiente e melhora a eficiência do negócio.

Quais as principais tendências hoje na transformação digital?

A gente fala muito em inteligência artificial (IA) e IoT (Internet of Things). Tem outro conceito, que vem se tornando mais conhecido, que é o da IoB, ou Internet do Comportamento, numa tradução livre do inglês. Ele diz respeito à maneira como as pessoas usam a internet e como os dados de consumo gerados ajudam a nutrir o usuário com serviços que podem lhe interessar. Se aplicarmos a IoT e a IoB à indústria, por exemplo, podemos identificar o período mais produtivo dos funcionários e lançar incentivos no momento de baixa produtividade para motivá-los, de acordo com um conjunto desejado de parâmetros operacionais. É só um exemplo, ainda incipiente, do uso da tecnologia em um ambiente corporativo. Acima de tudo, é claro, deve-se preservar a ética, a individualidade e a privacidade.

Entrevista: o diferencial da Prova de Conceito na entrega da I3C

Prova de conceito entrevista

Nesta entrevista, o nosso diretor de tecnologia, Maikon Ulrich, fala sobre um dos diferenciais da I3C: a inclusão da prova de conceito nos projetos apresentados aos clientes. Conhecida pela abreviação POC, do inglês Proof of Concept, a prova de conceito é a demonstração prática da possibilidade de validação de uma ideia. Inicialmente aplicada na área de TI, a estratégia tem se expandido aos negócios e sido adotada no ecossistema da transformação digital em entregas de alta performance. 

“Após a apresentação do conceito, nós realizamos o teste em ambiente controlado in loco, no cliente, com simulação real da solução”, explica. Os resultados são surpreendentes. Confira na entrevista:

1) Como se dá na prática essa abordagem da I3C com o cliente para a Prova de conceito?

A realização da prova de conceito tem como objetivo elucidar os principais pontos do projeto para poder comprovar a viabilidade dele. Além da experiência pelo lado do cliente de entender quais melhorias vão gerar, serve para identificar outros itens, como a possibilidade de realização de um FMEA*, que é entender quais impactos pode-se gerar no processo, quais as mudanças de operação que serão necessárias, para entender previamente quais pontos serão afetados durante o processo. Uma vez realizada, a POC permite identificar também outros pontos de melhoria, seja pelo nosso olhar ou o do próprio cliente: ele começa a enxergar a tecnologia ligada a outros processos, seja um passo antes ou depois, para melhorar ainda mais o projeto. Ou seja, a POC é extremamente eficaz para elucidar o projeto, avaliar mudanças e identificar os ganhos com a oportunidade.  

2) Teria algum exemplo de POC da qual você participou que tenha te surpreendido? Se sim, poderia contar um pouco?

Em um de nossos clientes, durante a realização da prova de conceito com RFID aplicado à logística, identificamos uma falha no carregamento do caminhão. Isso garantiu que todos os pacotes, de todos os clientes daquele pack, recebessem suas mercadorias dentro do prazo. Se a falha não fosse identificada, com certeza aquele lote não chegaria no tempo definido. Ou seja, durante uma prova de conceito conseguimos identificar um furo no processo do cliente e garantir que a meta dele fosse alcançada sem desvios. Obviamente já foi um grande indicativo dos resultados que nossa solução de RFID aplicada traria na próxima fase do projeto. 

3) Por que a I3C aposta em POC na sua relação com futuros clientes?

A prova de conceito serve para validar na prática com o cliente a solução que estamos oferecendo, afinal, por se tratar de uma entrega personalizada e inovadora, o cliente não conhece, nunca viu funcionando. Também permite que ele compreenda de fato como a tecnologia funciona, aí ele começa a “virar a chave”, a perceber onde mais pode implementar a transformação digital. Por fim, é uma garantia de entrega que gera segurança ao contrato. Na prova de conceito, nós validamos o projeto sob o aspecto tecnológico e permitimos ao cliente identificar, para fins de planejamento operacional, quais os impactos que sua implantação trará, seja numa arquitetura de infraestrutura física e ou lógica, na equipe de operação ou na integração de software, por exemplo. É uma etapa fundamental para que todos estejam cientes de por onde o projeto vai seguir, pois atuamos para que nossos clientes não tenham nenhuma surpresa desagradável ao longo do caminho. 

O Smart Pallet RFID, por exemplo, lançado pela i3C (confira matéria na INFOR CHANNEL) é uma das inovações que trouxemos no mercado para solucionar problemas recorrentes em clientes com contagem de estoque em altura.

4) Na sua opinião, porque a Prova de conceito é um diferencial no movimento de transformação digital?

A tecnologia evolui com rapidez e nem todo cliente, responsável em aprovar as oportunidades que oferecemos em nossos projetos, está atualizado nesse ecossistema, porque está focado prioritariamente na atividade-fim da sua empresa. Muitas empresas não têm um setor de inovação nem estratégia de olhar quais tecnologias as empresas do ramo estão adotando, quais tendem a ser adotadas para garantir seu diferencial competitivo no mercado. A prova de conceito faz jus ao nosso papel de gerar essa conexão, de contribuir para que o cliente acelere a transformação digital na sua empresa e alcance redução de custos aliado ao ganho de produtividade. 

5) Que resultados positivos a I3C tem alcançado com essa estratégia?

Quando você de fato “coloca a mão na massa” no ambiente do cliente, outros indicadores, outras situações que não estavam aparentemente visíveis no processo, começam a aparecer e isso faz com que o projeto possa ser ajustado antes mesmo da sua implementação. Mesmo sendo em um ambiente controlado, outros pontos surgem. Isso faz com que tenhamos ganho de tempo na implementação, porque muitos pontos que iriam aparecer somente após a instalação já aparecem antes, então, ajustes e melhorias já podem ser previstos antes mesmo de uma entrega oficial. Isso na nossa estratégia tem sido fundamental, tem sido um ponto muito favorável porque o cliente tem certeza daquilo que ele está adquirindo, dos ganhos de projeto que ele vai obter e nós conseguimos ser muito mais eficazes na entrega.

Quer continuar essa conversa com o Maikon Ulrich? Entre em contato com ele.



*FMEA: Refere-se a Failure Mode and Effect Analysis traduzido para Análise de Modos de Falha e seus Efeitos.

Entrevista: Os 3 pilares da Transformação Digital

Pilares da Transformação digital Rose

Nesta entrevista, a engenheira Roseméri Rosa, nossa COO, explica porque a transformação digital não se resume à tecnologia. Ela defende que o sucesso de um projeto de transformação digital passa por três pilares: processos, pessoas e tecnologia

No início da nossa conversa, a engenheira de produção relembrou a história icônica da portaria onde se exigia na saída do visitante a entrega de um papel assinado pelo respectivo setor. Um dia, o visitante, ao ser impedido de sair por ter esquecido, deu meia volta e falsificou a assinatura. O porteiro nem identificou que em tão poucos minutos não seria possível ter conseguido. Agindo no “piloto automático”, guiado por um conjunto de regras que “sempre foram assim”, ele simplesmente depositou o papel em uma gaveta repleta de outros, colocando a informação em lugar nenhum. 

“É o clássico exemplo de informações que não se conectam, não geram valor e não cumprem o objetivo, totalmente o oposto do que alcançamos quando entramos na jornada da transformação digital”,

avalia. Confira a entrevista completa. 

O que os processos têm a ver com a jornada de transformação digital?

A tecnologia será inserida em um processo, vai fazer parte, vai ser uma parte. O processo precisa estar adequado para receber a nova tecnologia; ela, por si só, não faz milagre. O processo precisa estar desenhado para recebê-la.

Sempre orientamos nossos clientes sobre a existência de dois fluxos: o de processo e o da informação. Se o segundo não está de acordo com o primeiro, você não tem resultado que gera valor. Por exemplo, você não conseguirá implantar um processo de rastreabilidade se o fluxo da informação não estiver adequado a essa necessidade e se não houver integração de sistemas. Ou seja, se você não tiver dados inseridos desde o início do processo e em condições de serem aproveitados ao longo de todas as etapas.  

Essa visão está sempre no escopo dos nossos projetos, ainda que não estejam ligados diretamente à tecnologia. É fundamental por trazer ganhos qualitativos, não monetários, mas que consolidam a transformação digital. 

Alguns clientes nos procuram dizendo que querem RFID para resolver seus problemas com inventário. Nós respondemos: ok, a tecnologia vai te entregar essa solução mas teu processo precisa estar adequado para recebê-la. Se não, você automatiza o caos. A tecnologia recebe qualquer input, mas essa informação sozinha não vai te agregar o suficiente.

E em relação às pessoas? 

As pessoas são as agentes de mudanças e de transformação. Quando se entra em uma jornada com esse objetivo, é preciso que as pessoas estejam abertas às mudanças. É preciso atenção a isso, pois trata-se de uma barreira quando as pessoas não estão dispostas a quebrar paradigmas, ficam submersas na famosa “síndrome de Gabriela”, com a mentalidade de que “sempre foi assim”, principalmente as lideranças. 

Há certo tempo já ouvimos que a transformação digital mudaria o perfil dos profissionais e as profissões, ocorre que muitos ficaram paralisados no receio de que a tecnologia prejudicaria a empregabilidade, em vez de apenas substituir mão-de-obra. Esses precisam avançar. Afinal, não adianta gerar dados se não há pessoas preparadas para analisar e tomar decisões. 

Vejamos o exemplo envolvendo a aplicação da tecnologia nos processos de conferência. O papel do conferente mudou, ele deixa de ser meramente operacional e passa a ser mais analítico. Os sensores passam a cumprir a função anterior e alçam o profissional à responsável pela cadeia de ajuda, ele vai analisar os indicativos de não conformidade e tomar decisões, quando antes passava o expediente sem nem saber o que estava digitando em um sistema que quando os dados chegavam, de tão tarde, já não serviam para mais nada. 

Se for necessário optar por um dos três pilares para começar, qual você indicaria?

Processos. Ao elaborar o mapa de fluxo de valor, você identifica a sua cadeia de valor, olha os seus processos por etapa e tem a oportunidade de identificar os principais desperdícios, aquilo que o seu cliente não paga, conforme preconiza o conceito de 8 desperdícios do Lean Manufacturing. 

Esses desperdícios identificados precisam ser minimizados, se não houver como eliminá-los. Um exemplo é a movimentação no setor de estoque. Enquanto um profissional se desloca, não gera nenhum valor. Fazendo o mapa de fluxo de valor é possível identificar ajustes de processos, oportunidades de reorganização do trabalho e de treinamento para as pessoas, além da tecnologia possível. Primeiro você mapeia e responde: de quais informações eu preciso? Depois, encontra a tecnologia para isso.

Os três pilares apontam que a transformação digital é sistêmica?

Exatamente. A transformação digital precisa estar no planejamento estratégico da empresa. Todos os setores, todas as lideranças, todos os níveis precisam estar com a mesma visão, de que estão em um momento de transformação digital. Trata-se de um movimento da empresa, não de uma área só. Se a iniciativa partiu de uma pessoa, já nasceu comprometida. E nos chama a atenção o quanto as  áreas de TI e de RH não estão preparadas para a transformação digital, isso precisa mudar com urgência. 

Como estamos em relação a esse mindset, a esse entendimento? 

Tá bem distante, no nosso mercado. Percebemos que muitos querem a transformação digital mas em ações isoladas. Até encontramos clientes que identificaram seu nível de maturidade e traçaram planos, mas são poucos. Várias empresas acham que criando uma área de inovação estão na jornada. Só que essa área apenas fomenta a transformação digital, não a promove sozinha. Outros empresários acham que ao criarem uma incubadora ou uma aceleradora, entraram na transformação digital. A Alemanha, grande propulsora da indústria 4.0, tem uma ferramenta consolidada de avaliação, são mais de 200 perguntas para entender o nível de maturidade, que comprovam o quanto a transformação digital passa por diferentes áreas e vai muito além. 

Que dica você deixa a quem está buscando entrar nessa jornada da transformação digital? 

Que busquem qualificar o mindset. Há uma carência de pessoas com essa visão dos três pilares. A área de TI não conhece de processos, a área de processos não conhece de tecnologia, e a área de recursos humanos não entende de nenhum dos dois. Isso precisa mudar. A transformação digital não é um botão que se aperta, é uma jornada. 

Confira também a entrevista da Roseméri ao SC Inova sobre como planejar a transformação digital nas empresas: