Com tantos tipos de etiqueta RFID disponíveis no mercado, acho difícil você não encontrar uma que atenda suas necessidades.
Para facilitar o entendimento, vamos dividir esse artigo em parte técnica e parte externa.
Na parte técnica falaremos dos tipos de etiqueta RFID considerando o sistema interno da etiqueta. Esses podem ser: Ativo, semipassivo e passivo. E ainda podemos opção por etiquetas que fazem ou não uma nova gravação, reutilizando a etiqueta.
E na parte externa, vamos saber como escolher o material que envolve o microchip. E ainda tem uma dica de aplicação do RFID para materiais de baixo valor agregado ou matéria prima.
Para montar um projeto com etiquetas RFID precisamos entender algumas questões:
A resposta para essas perguntas vai definir o tipo de etiqueta RFID (interno) necessário para seu projeto. Vamos entender o por quê dessas questões no resumo técnico abaixo.
As etiquetas RFID são também conhecidas como transponder (transmitter + responder), elas possuem um mecanismo interno para armazenar dados (microchip) e outro para comunicar esses dados (antena).
Quando vamos escolher a etiqueta RFID do projeto precisamos saber qual a sua memória, classificação e frequência.
Existe 3 formas de processamento da memória nas etiquetas RFID:
Os 02 primeiros modelos são à prova de adulteração, e o modelo leitura/gravação se torna mais vulnerável por permitir a sobreposição de dados. No entanto, existem algumas etiquetas que podem ser bloqueadas e desbloqueadas com senha, resolvendo essa questão da vulnerabilidade e a tornando uma alternativa econômica a longo prazo.
E a terceira opção (leitura/gravação) possibilita a reutilização da etiqueta, que é um dos motivos que questionamos o processo (no tópico anterior). Entendendo o processo sabemos se é possivel reutilizar as etiquetas e reduzir custos.
Mais um detalhe técnico a ser escolhido para um projeto de RFID é a classificação das etiquetas. Elas podem ser classificadas em: Passiva, semipassiva e Ativa. Vamos entender cada uma delas:
Etiqueta RFID Passiva: Essas etiquetas são as mais comuns e econômicas do mercado. Esse modelo não necessita de baterias, são alimentadas por um campo magnético dando a elas uma longa vida útil. O alcance da etiqueta passiva é limitada pela potência que pode receber das ondas eletromagnéticas do leitor, se tornando uma desvantagem já que tem a necessidade de alta potência do leitor.
Etiqueta RFID Semipassiva: Esse modelo de etiqueta permite usar leitores de potências menores, já que seu alcance e armazenagem de informações são maiores que a etiqueta passiva. Isso se deve ao fato de possuir uma bateria de baixo custo para alimentar os circuitos elétricos internos.
Embora possuam baterias, elas não possuem transmissor, funcionando apenas quando receber um sinal do leitor para começar a transmissão dos dados.
Etiqueta RFID Ativa: Essas etiquetas sim possuem bateria e transmissor, melhorando significativamente o alcance entre etiqueta e leitor. O uso dessas etiquetas é geralmente em projetos mais robustos e personalizados, já que permitem funções que vão além. Elas podem fornecer informações em tempo real, atuando ativamente e não apenas quando acionada, veja alguns exemplos:
A frequência é responsável por definir a velocidade de transferência dos dados entre etiquetas e leitor, quanto menor a frequência mais lenta é a taxa de transmissão. Para escolher a frequência ideal precisamos conhecer o ambiente.
As faixas mais comuns utilizadas pelo RFID são a LF (low frequency) HF (high frequency UHF (ultra high frequency) e microondas.
Primeiramente, não vamos relacionar todos os tipos materiais das etiquetas possíveis.
Porque ela pode ser personalizada e implementada em, praticamente, qualquer material. Então caso nenhuma dessas atenda sua necessidade podemos criar uma tag RFID, com o material específico para a sua demanda e incluir uma tag RFID personalizável.
Agora já com o entendimento de que os tipos de etiqueta RFID devem, primeiramente, pensar na parte “técnica”, passamos a listar as diferentes aplicações dessas etiquetas.
Temos um post bem completo com diversos modelos de Etiqueta, que sugiro a leitura.
Nem sempre a etiqueta RFID adesiva é a solução, não é?
Mas como saber qual é o tipo de etiqueta RFID certa para o meu caso?
Temos a questão chave da escolha tanto da parte técnica quanto do material que envolve a etiqueta: Qual é o processo que essa etiqueta acompanha?
A resposta para essa pergunta talvez seja a mais importante. Sem saber o processo podemos jogar dinheiro fora, com etiquetas que não oferecerão uma boa relação custo x benefício.
Outras questões que devem ser levadas em consideração:
Quando a identificação e rastreabilidade é importante para o processo, mas o valor agregado do item é baixo, uma estratégia possível é a adoção do RFID para o lote deste insumo. Nesse caso é realizado o tagueamento do pallet ou da caixa deste produto, e a identificação passa a ser do conjunto dos itens, conseguindo manter todo a fluxo da operação mapeada.
As tags fixadas nessas embalagens de transporte podem ser de diversos formatos e materiais. Para ambientes com refrigeração, produtos químicos, abrasão, vibração, há uma etiqueta RFID ideal para atender a estas características.
A impressão e gravação das etiquetas RFID é uma opção comum do seu uso. Todas as caixas são identificadas pela etiqueta impressa com RFID, e há o aproveitamento da etiqueta para imprimir também detalhes do produto para a leitura pelo cliente ou lojista.
Falando em lojista, a Havan consolidou o RFID nas suas mercadorias e os fornecedores da rede de lojas Havan devem enviar seus produtos já com a etiqueta. Perceba que o uso do RFID beneficia toda a cadeia de fornecimento, desde a matéria prima dos fornecedores, na transformação na indústria alcançando também o lojista, facilitando a continuidade da informação e acompanhamento de todo o processo do produto.
Se seus fornecedores já utilizam RFID veja como pode ter o aproveitamento da etiqueta que já chega para você. E se você que fornece, sugira e inspire seus parceiros a fazer parte desse ciclo de melhorias que o RFID proporciona. Motivos é o que não faltam para você aderir e indicar o RFID.
Quem nunca percebeu aquelas etiquetas que vem fixadas nas nossas roupas novas?
Chegamos a lançar um desafio no facebook para encontrar o RFID em uma etiqueta.
Imagem do desafio
O uso de etiquetas RFID facilita todo o processo desde a fábrica até a contagem do lojista.
Na Havan por exemplo, o inventário do setor de moda levava 5 noites com 15 colaboradores realizando a contagem. Hoje o inventário é realizado em 1h30m por apenas 1 colaborador.
Passando para uma segunda etapa, a venda também pode ser realizada no modelo autônomo e evitar filas nos caixas.
Uma segunda aplicação das etiquetas em tecidos é para itens do patrimônio, como o caso da Unimed e outros hospitais que realizam o monitoramento da higienização e armazenamento dos itens de uso interno.
imagem cartao de controle de acesso
Mais uma opção que faz parte do nosso dia a dia e nem percebemos. Os cartões ou tags RFID utilizados para controle de acesso é mais um modelo de aplicação.
Temos um case completinho falando dos benefícios e da facilidade de migração de toda a base de usuários TOTVS sem impacto a ele. Lá instalamos toda a infraestrutura para realizar o monitoramento e controle de acesso, via leitores biométricos, de aproximação RFID, tanto da parte do pessoal como dos veículos, entrando no projeto as cancelas, catracas e bloqueios de porta, além da leitura biométrica.
Um guia para a escolha da etiqueta ideal para seu projeto é se orientar na resposta das seguintes perguntas:
Respondida essas questões, encontre um parceiro que pense no seu processo, nas melhores soluções e custo benefício para o seu caso.
Ops! Achou!