Quando finalmente encontra a tecnologia que vai resolver todos os seus problemas, chega na parte de investimento e comprovação de ROI e, encalha o projeto. Isso acontece com você? Você sabe calcular o custo do RFID?
Pois bem, nesse artigo, não vamos te dar o custo de RFID, vamos te mostrar como você consegue comprovar ROI/ Payback. Porque não faz o menor sentido comparar o valor do RFID com o valor de outros modelos de controle de materiais.
Esse artigo, inclusive, é um complemento para quem já leu a Diferença de RFID e Código de Barras aqui no blog. Porque lá, nós falamos de diferença de benefícios e aqui, nós vamos fechar o raciocínio com chave de ouro.
Custos envolvidos na Implantação de RFID
O investimento pode ser dividido em 3 grupos: hardware, software e Etiqueta.
Dentro de Hardware são dimensionados os materiais que farão a leitura e também a infraestrutura, como por exemplo: coletor, antena, leitor, cabeamento, wi-fi, infraestrutura física, portais. Esse item (como todos os outros) sempre varia de acordo com o projeto, nem todos precisam de portais, por exemplo.
Os softwares que mencionamos são os middleware, as licenças de leitor e coletor, Integração com os sistemas atuais (ERP, MES, WMS entre outros).
E o custo que normalmente impacta mais o projeto: a etiqueta RFID.
Por que a Etiqueta/ TAG RFID impacta mais no projeto?
Vamos começar relembrando que existem diversos materiais para as etiquetas. A escolha do material pode ser um dos fatores impactantes, já que podemos ter etiquetas de papel ou mesmo em material aderente à pele humana.
Mais um fator que impacta no custo da etiqueta é que, geralmente, a compra da etiqueta é um custo recorrente. Então pensando na quantidade de itens a serem identificados, pode ter um custo próximo até dos valores de hardware e software.
Além disso, há o impacto da escolha técnica das etiquetas, essa escolha está relacionada a 3 fatores: Memória, classificação e frequência. Esse acaba sendo o maior impacto. Em compensação, essa diferenciação com etiquetas de código de barras é que permite funções muito mais apuradas e até em tempo real.
Esse fator é tão significativo que vale um resumo, e se você quiser ler mais detalhes é só clicar aqui, que será direcionado ao post completo.
Memória das Etiquetas RFID
Existe 3 formas de processamento da memória nas etiquetas RFID:
- Somente leitura
- Uma gravação e várias leituras, que possibilita a gravação de novos dados nas etiquetas após a fabricação da mesma.
- Leitura/gravação, que possibilita a reutilização das etiquetas, apagando os dados anteriores.
Classificação das Etiquetas RFID
Elas podem ser classificadas em: Passiva, semi passiva e Ativa. Vamos entender cada uma delas:
Etiqueta RFID Passiva: Modelo de etiqueta de baixo custo, e que não utiliza bateria, longa vida útil, alcance limitado.
Etiqueta RFID Semi Passiva: Alcance e armazenagem de informações são maiores que a etiqueta passiva por possuir uma bateria de baixo custo para alimentar os circuitos elétricos internos.
Etiqueta RFID Ativa: Possuem bateria e transmissor, melhorando significativamente o alcance entre etiqueta e leitor. O uso dessas etiquetas é geralmente em projetos mais robustos e personalizados, já que permitem funções que vão além. Elas podem fornecer informações em tempo real, atuando ativamente e não apenas quando acionada, veja alguns exemplos:
- Envio de informação e sinalização de porta aberta
- Monitoramento de temperatura
- Rastreamento de objetos de valor
- Rastreamento de contêineres com integração com GPS
Frequência das Tags RFID
A frequência é responsável por definir a velocidade de transferência dos dados entre etiquetas e leitor, quanto menor a frequência mais lenta é a taxa de transmissão. Para escolher a frequência ideal precisamos conhecer o ambiente.
As faixas mais comuns utilizadas pelo RFID são a LF (low frequency) HF (high frequency), UHF (ultra high frequency) e microondas.
Como calcular se vale a pena investir em RFID?
Comparar custo de etiqueta RFID com etiqueta de código de barras ou QR code não é o caminho. Se olhar só para esses valores você NÃO está sendo estratégico. Entendemos que, quando falamos de etiqueta, falamos de custo direto ao produto, o que costuma ser algo que, normalmente, não queremos/podemos aumentar. E a diferença de R$ 0,01* para R$ 0,30* não vai passar despercebida.
Como resolvemos isso?
Nós compensamos a diferença de R$ 0,29 desonerando os custos indiretos do produto. Que são custos que não agrega valor ao produto (Movimentação de A-B, estocagem, armazenagem, transporte, entre outros).
Pense comigo, se com RFID você tem:
- Maior visibilidade do estoque
- Altíssima precisão de inventário
- Otimização dos pedidos com redução no estoque total
- Forte redução no tempo de fornecimento
- Redução no tempo de recebimento e contagem
- Fim dos erros de expedição (logística reversa)
- Forte redução no custo de mão de obra (conferência)
- Prevenção de perdas
- e mais 10 benefícios
Faz sentido que você calcule o quanto isso representa em valores, certo?
Coloque na sua planilha, custos da perda de itens pela falta de acuracidade do estoque, de perda por produtos vencidos, custos com conferentes, os tempos do processo, tempo de espera, desperdícios com deslocamento e todos os custos que serão reduzidos com a implantação do RFID.
Exemplo de Cálculo para Precisão de Inventário
No exemplo abaixo, calculamos o valor recuperado considerando apenas 1 item do estoque, que tem o custo de R$ 20,00 cada. E o fator de redução é a precisão do inventário de estoque. A diferença de assertividade, nesse exemplo, é de apenas 7,9% e temos um valor recuperado de 790 mil reais.
Esse exemplo é só um dos cálculos a se fazer. Ainda pensando no inventário, para chegar em uma precisão acima de 90% (com outros métodos de conferência), você terá que passar item a item por um conferente que fará check e duplo check. Ai te apresentamos essa tabela:
E na tabela temos a informação que o tempo que você reduz em inventário é de contar 300 itens por hora com código de barras e 10 mil itens por hora com RFID. Isso representa que o conferente consegue contar 3% do estoque com código de barras, no mesmo tempo que conta todo o estoque com RFID. Só fazendo esse calculo, quantos conferentes podem ser reduzidos do seu processo?
No gráfico acima conseguimos, facilmente, identificar que comparado ao código de barras (ou QR code) temos um ganho de 25% da produtividade. Esses 25% podem ser a chave para um bom Payback.
Se colocar na ponta do lápis: você pode aumentar em 25% sua capacidade de expedição ou produção, ou representa 25% de mão de obra a menos na sua estrutura.
Cálculo Chave
Mostramos até aqui que o custo do RFID precisa ser analisado estrategicamente. A diferença não pode ser só o preço, pois foge totalmente do sentido da implantação do mesmo. Sentido esse que foi listado no texto como sendo as vantagens que o RFID tem.
Para saber se vale a pena implantar RFID na sua empresa a comparação básica é:
Precisa de um parceiro para calcular se vale a pena?
Se você ainda não sabe, todos os nossos projetos são apresentados com o cálculo do Payback. Antes de passar a proposta, nós diagnosticamos o seu processo e identificamos todos os custos indiretos envolvidos e ainda, sugerimos todos os pontos de melhoria que identificamos no levantamento.
Isso vale para quando o cliente já tem a vontade de implantar uma tecnologia específica (como é o caso do RFID) ou para clientes que nos buscam apenas para reduzir custos e melhorar processos.
E sim, nós fazemos isso de graça. Porque confiamos no trabalho que fazemos e no resultado que entregamos.
Se você quer calcular o custo de RFID para a sua empresa e precisa de um parceiro para verificar a viabilidade, já sabe: Conte com a I3C!
*valores estimados