Entrevista: o diferencial da Prova de Conceito na entrega da I3C

Prova de conceito entrevista

Nesta entrevista, o nosso diretor de tecnologia, Maikon Ulrich, fala sobre um dos diferenciais da I3C: a inclusão da prova de conceito nos projetos apresentados aos clientes. Conhecida pela abreviação POC, do inglês Proof of Concept, a prova de conceito é a demonstração prática da possibilidade de validação de uma ideia. Inicialmente aplicada na área de TI, a estratégia tem se expandido aos negócios e sido adotada no ecossistema da transformação digital em entregas de alta performance. 

“Após a apresentação do conceito, nós realizamos o teste em ambiente controlado in loco, no cliente, com simulação real da solução”, explica. Os resultados são surpreendentes. Confira na entrevista:

1) Como se dá na prática essa abordagem da I3C com o cliente para a Prova de conceito?

A realização da prova de conceito tem como objetivo elucidar os principais pontos do projeto para poder comprovar a viabilidade dele. Além da experiência pelo lado do cliente de entender quais melhorias vão gerar, serve para identificar outros itens, como a possibilidade de realização de um FMEA*, que é entender quais impactos pode-se gerar no processo, quais as mudanças de operação que serão necessárias, para entender previamente quais pontos serão afetados durante o processo. Uma vez realizada, a POC permite identificar também outros pontos de melhoria, seja pelo nosso olhar ou o do próprio cliente: ele começa a enxergar a tecnologia ligada a outros processos, seja um passo antes ou depois, para melhorar ainda mais o projeto. Ou seja, a POC é extremamente eficaz para elucidar o projeto, avaliar mudanças e identificar os ganhos com a oportunidade.  

2) Teria algum exemplo de POC da qual você participou que tenha te surpreendido? Se sim, poderia contar um pouco?

Em um de nossos clientes, durante a realização da prova de conceito com RFID aplicado à logística, identificamos uma falha no carregamento do caminhão. Isso garantiu que todos os pacotes, de todos os clientes daquele pack, recebessem suas mercadorias dentro do prazo. Se a falha não fosse identificada, com certeza aquele lote não chegaria no tempo definido. Ou seja, durante uma prova de conceito conseguimos identificar um furo no processo do cliente e garantir que a meta dele fosse alcançada sem desvios. Obviamente já foi um grande indicativo dos resultados que nossa solução de RFID aplicada traria na próxima fase do projeto. 

3) Por que a I3C aposta em POC na sua relação com futuros clientes?

A prova de conceito serve para validar na prática com o cliente a solução que estamos oferecendo, afinal, por se tratar de uma entrega personalizada e inovadora, o cliente não conhece, nunca viu funcionando. Também permite que ele compreenda de fato como a tecnologia funciona, aí ele começa a “virar a chave”, a perceber onde mais pode implementar a transformação digital. Por fim, é uma garantia de entrega que gera segurança ao contrato. Na prova de conceito, nós validamos o projeto sob o aspecto tecnológico e permitimos ao cliente identificar, para fins de planejamento operacional, quais os impactos que sua implantação trará, seja numa arquitetura de infraestrutura física e ou lógica, na equipe de operação ou na integração de software, por exemplo. É uma etapa fundamental para que todos estejam cientes de por onde o projeto vai seguir, pois atuamos para que nossos clientes não tenham nenhuma surpresa desagradável ao longo do caminho. 

O Smart Pallet RFID, por exemplo, lançado pela i3C (confira matéria na INFOR CHANNEL) é uma das inovações que trouxemos no mercado para solucionar problemas recorrentes em clientes com contagem de estoque em altura.

4) Na sua opinião, porque a Prova de conceito é um diferencial no movimento de transformação digital?

A tecnologia evolui com rapidez e nem todo cliente, responsável em aprovar as oportunidades que oferecemos em nossos projetos, está atualizado nesse ecossistema, porque está focado prioritariamente na atividade-fim da sua empresa. Muitas empresas não têm um setor de inovação nem estratégia de olhar quais tecnologias as empresas do ramo estão adotando, quais tendem a ser adotadas para garantir seu diferencial competitivo no mercado. A prova de conceito faz jus ao nosso papel de gerar essa conexão, de contribuir para que o cliente acelere a transformação digital na sua empresa e alcance redução de custos aliado ao ganho de produtividade. 

5) Que resultados positivos a I3C tem alcançado com essa estratégia?

Quando você de fato “coloca a mão na massa” no ambiente do cliente, outros indicadores, outras situações que não estavam aparentemente visíveis no processo, começam a aparecer e isso faz com que o projeto possa ser ajustado antes mesmo da sua implementação. Mesmo sendo em um ambiente controlado, outros pontos surgem. Isso faz com que tenhamos ganho de tempo na implementação, porque muitos pontos que iriam aparecer somente após a instalação já aparecem antes, então, ajustes e melhorias já podem ser previstos antes mesmo de uma entrega oficial. Isso na nossa estratégia tem sido fundamental, tem sido um ponto muito favorável porque o cliente tem certeza daquilo que ele está adquirindo, dos ganhos de projeto que ele vai obter e nós conseguimos ser muito mais eficazes na entrega.

Quer continuar essa conversa com o Maikon Ulrich? Entre em contato com ele.



*FMEA: Refere-se a Failure Mode and Effect Analysis traduzido para Análise de Modos de Falha e seus Efeitos.

Entrevista: Os 3 pilares da Transformação Digital

Pilares da Transformação digital Rose

Nesta entrevista, a engenheira Roseméri Rosa, nossa COO, explica porque a transformação digital não se resume à tecnologia. Ela defende que o sucesso de um projeto de transformação digital passa por três pilares: processos, pessoas e tecnologia

No início da nossa conversa, a engenheira de produção relembrou a história icônica da portaria onde se exigia na saída do visitante a entrega de um papel assinado pelo respectivo setor. Um dia, o visitante, ao ser impedido de sair por ter esquecido, deu meia volta e falsificou a assinatura. O porteiro nem identificou que em tão poucos minutos não seria possível ter conseguido. Agindo no “piloto automático”, guiado por um conjunto de regras que “sempre foram assim”, ele simplesmente depositou o papel em uma gaveta repleta de outros, colocando a informação em lugar nenhum. 

“É o clássico exemplo de informações que não se conectam, não geram valor e não cumprem o objetivo, totalmente o oposto do que alcançamos quando entramos na jornada da transformação digital”,

avalia. Confira a entrevista completa. 

O que os processos têm a ver com a jornada de transformação digital?

A tecnologia será inserida em um processo, vai fazer parte, vai ser uma parte. O processo precisa estar adequado para receber a nova tecnologia; ela, por si só, não faz milagre. O processo precisa estar desenhado para recebê-la.

Sempre orientamos nossos clientes sobre a existência de dois fluxos: o de processo e o da informação. Se o segundo não está de acordo com o primeiro, você não tem resultado que gera valor. Por exemplo, você não conseguirá implantar um processo de rastreabilidade se o fluxo da informação não estiver adequado a essa necessidade e se não houver integração de sistemas. Ou seja, se você não tiver dados inseridos desde o início do processo e em condições de serem aproveitados ao longo de todas as etapas.  

Essa visão está sempre no escopo dos nossos projetos, ainda que não estejam ligados diretamente à tecnologia. É fundamental por trazer ganhos qualitativos, não monetários, mas que consolidam a transformação digital. 

Alguns clientes nos procuram dizendo que querem RFID para resolver seus problemas com inventário. Nós respondemos: ok, a tecnologia vai te entregar essa solução mas teu processo precisa estar adequado para recebê-la. Se não, você automatiza o caos. A tecnologia recebe qualquer input, mas essa informação sozinha não vai te agregar o suficiente.

E em relação às pessoas? 

As pessoas são as agentes de mudanças e de transformação. Quando se entra em uma jornada com esse objetivo, é preciso que as pessoas estejam abertas às mudanças. É preciso atenção a isso, pois trata-se de uma barreira quando as pessoas não estão dispostas a quebrar paradigmas, ficam submersas na famosa “síndrome de Gabriela”, com a mentalidade de que “sempre foi assim”, principalmente as lideranças. 

Há certo tempo já ouvimos que a transformação digital mudaria o perfil dos profissionais e as profissões, ocorre que muitos ficaram paralisados no receio de que a tecnologia prejudicaria a empregabilidade, em vez de apenas substituir mão-de-obra. Esses precisam avançar. Afinal, não adianta gerar dados se não há pessoas preparadas para analisar e tomar decisões. 

Vejamos o exemplo envolvendo a aplicação da tecnologia nos processos de conferência. O papel do conferente mudou, ele deixa de ser meramente operacional e passa a ser mais analítico. Os sensores passam a cumprir a função anterior e alçam o profissional à responsável pela cadeia de ajuda, ele vai analisar os indicativos de não conformidade e tomar decisões, quando antes passava o expediente sem nem saber o que estava digitando em um sistema que quando os dados chegavam, de tão tarde, já não serviam para mais nada. 

Se for necessário optar por um dos três pilares para começar, qual você indicaria?

Processos. Ao elaborar o mapa de fluxo de valor, você identifica a sua cadeia de valor, olha os seus processos por etapa e tem a oportunidade de identificar os principais desperdícios, aquilo que o seu cliente não paga, conforme preconiza o conceito de 8 desperdícios do Lean Manufacturing. 

Esses desperdícios identificados precisam ser minimizados, se não houver como eliminá-los. Um exemplo é a movimentação no setor de estoque. Enquanto um profissional se desloca, não gera nenhum valor. Fazendo o mapa de fluxo de valor é possível identificar ajustes de processos, oportunidades de reorganização do trabalho e de treinamento para as pessoas, além da tecnologia possível. Primeiro você mapeia e responde: de quais informações eu preciso? Depois, encontra a tecnologia para isso.

Os três pilares apontam que a transformação digital é sistêmica?

Exatamente. A transformação digital precisa estar no planejamento estratégico da empresa. Todos os setores, todas as lideranças, todos os níveis precisam estar com a mesma visão, de que estão em um momento de transformação digital. Trata-se de um movimento da empresa, não de uma área só. Se a iniciativa partiu de uma pessoa, já nasceu comprometida. E nos chama a atenção o quanto as  áreas de TI e de RH não estão preparadas para a transformação digital, isso precisa mudar com urgência. 

Como estamos em relação a esse mindset, a esse entendimento? 

Tá bem distante, no nosso mercado. Percebemos que muitos querem a transformação digital mas em ações isoladas. Até encontramos clientes que identificaram seu nível de maturidade e traçaram planos, mas são poucos. Várias empresas acham que criando uma área de inovação estão na jornada. Só que essa área apenas fomenta a transformação digital, não a promove sozinha. Outros empresários acham que ao criarem uma incubadora ou uma aceleradora, entraram na transformação digital. A Alemanha, grande propulsora da indústria 4.0, tem uma ferramenta consolidada de avaliação, são mais de 200 perguntas para entender o nível de maturidade, que comprovam o quanto a transformação digital passa por diferentes áreas e vai muito além. 

Que dica você deixa a quem está buscando entrar nessa jornada da transformação digital? 

Que busquem qualificar o mindset. Há uma carência de pessoas com essa visão dos três pilares. A área de TI não conhece de processos, a área de processos não conhece de tecnologia, e a área de recursos humanos não entende de nenhum dos dois. Isso precisa mudar. A transformação digital não é um botão que se aperta, é uma jornada. 

Confira também a entrevista da Roseméri ao SC Inova sobre como planejar a transformação digital nas empresas:

#CaseRealI3C: Conheça o case que está concorrendo ao Prêmio ABII

transformação digital na indústria de alimentos

Este caso real traz a promissora parceria da I3C com uma das maiores indústrias de alimentos do Sul do país que ganhou a maior nota na primeira rodada do Prêmio ABII 2021. Sua demanda inicial era alcançar maior acuracidade nas fases do processo que antecedem a linha de produção, desde a busca da matéria-prima nos fornecedores, passando pelo transporte até chegar na produção. 

O projeto da I3C contemplou essa necessidade e foi além, implementando, além do sistema RFID, estratégias de trabalho padronizado e monitoramento inteligente: da frota e da temperatura da matéria-prima. 

Tal resultado se deu através do combo: Processos – Pessoas – Tecnologia, aplicando esses recursos para melhorar processos onde identificamos oportunidades. É assim que a I3C trabalha, buscando entender o processo do cliente e sua real demanda. 

A indústria passou a contar com agendamento de envio e recebimento de matéria-prima; monitoramento dos caminhões que fazem o transporte entre os armazéns terceiros e o depósito; e monitoramento da temperatura na matéria-prima durante o processo de congelamento. Tudo com integração de dados, garantindo fluxo contínuo. 

Como se alcançou esse resultado?

Primeiro, a I3C fez o mapa do fluxo de valor, identificando os processos e mapeando o passo-a-passo que encontrou. Em seguida, projetou esse mapa no futuro, encontrando, em parceria com o cliente, grandes oportunidades de redução de custos e ganho de produtividade.

Tempo Padrão nas Frotas

Uma das oportunidades identificadas foi referente às frotas. Estabelecemos um tempo padrão de ciclo, desde a chegada do caminhão na portaria do armazém terceiro até o momento em que ele retorna à fábrica. Assim, garantimos o fluxo contínuo do processo e ganhos expressivos de monitoramento com as janelas de carga e descarga.

Controle inteligente da temperatura na fábrica

Nos túneis de congelamento da matéria-prima foram instalados sensores, customizados, que monitoram a temperatura diretamente na matéria-prima. Os sensores estão em pontos estratégicos, apontando em tempo real quando atingiram a temperatura ideal e indicando a previsão disso para novos lotes serem enviados aos túneis. Toda a comunicação com a sala de máquinas, responsável pela geração de frio, e a operação ocorre através das informações do Dashboard

Com isso a empresa avança na maturidade da transformação digital para o terceiro pilar, da visibilidade, que é um bloco de construção central para os estágios posteriores.

Monitoramento inteligente 

Os ganhos também alcançam o compliance da indústria, pois o IoT entrega informação em tempo real e de forma digital, eliminando relatórios segmentados e feitos no papel. Além disso, as informações não dependem mais de apontamentos humanos. Agora eles conseguem rastrear a matéria-prima em todo o processo e criar regras no sistema que apontem qualquer desvio de forma automática. 

Ganhos do projeto com RFID

O RFID implantado faz o rastreio da matéria-prima em toda a cadeia de recebimento até o fornecimento dos pallets para a produção. Passamos a criar regras de negócios que garantem que o processo aconteça de forma integral, sem dependência humana e com garantia das informações. Se a matéria-prima entrou na doca e não passou pela balança, por exemplo, a equipe é acionada. 

Resultados Alcançados

A necessidade inicial do projeto foi atendida e superada, com o uso da tecnologia conseguimos garantir a acuracidade do estoque solicitada pelo cliente, a rastreabilidade da matéria prima, ganhos de produtividade, redução de custos e o compliance. 

Além do ganho em eficiência, precisão e produtividade, o projeto da I3C trouxe redução de custos com menos diárias aos caminhões no pátio esperando para carregar e descarregar, eliminação de mão-de-obra de conferentes e dos gastos com etiquetas de código de barras.  

Os ganhos de produtividade geraram redução no lead time, consequentemente reduziram os custos por tonelada movimentada.

Para finalizar, deixamos a apresentação do nosso diretor Maikon Ulrich ao Prêmio ABII assim você confere mais detalhes do projeto (e o elogio dos jurados no final).

Indústria de linha branca reduz em 33% o lead time com tecnologia RFID

Case RFID Industria

*Todas as informações são reais. 
Por motivos próprios, o cliente 
optou por permanecer anônimo.

Indústrias da linha branca detêm processos que podem ser otimizados com o uso de tecnologias, a exemplo do processo de separação do pedido (picking), controle de estoque e ocupação das docas e expedição. Para cada um desses procedimentos a i3C implementou uma solução que contribuiu para o aumento da produtividade e gerou outros resultados para uma fábrica de eletrodomésticos com sede em Santa Catarina.

A indústria possuía uma demanda específica: otimizar o uso do sistema RFID já instalado para alcançar controle e gestão do estoque, já que a demanda de expedição havia aumentado. Mas o projeto foi além, ampliando as áreas beneficiadas.

Os especialistas da i3C identificaram oportunidades de melhoria de processos, um deles direcionado ao picking, outro voltado para o estoque, mais um contemplando o monitoramento e acompanhamento das docas, e, por último, uma solução para gerenciamento da expedição.

Além do RFID, a Internet das Coisas (IoT) e tecnologia para formulação de dashboards  foram aplicadas na operação da indústria.

Implementação de tecnologia RFID faz aumentar a produtividade

O RFID é uma tecnologia  que utiliza um leitor para captar dados enviados por ondas de rádio. Esses dados estão codificados em etiquetas e antenas. Quando há falhas na configuração e processamento das informações, é preciso compreender o problema. 

Para fazer esse diagnóstico para a fabricante de eletrodomésticos, os especialistas da i3C:

  • escutaram atentamente e compreenderam qual era a demanda;  
  • acompanharam todo o processo para identificar quais eram os pontos de falha para ajustá-los; 
  • definiram uma proposta de solução envolvendo os processos, as pessoas e o uso de tecnologias.

Resultado

A indústria de linha branca ampliou em 30% a capacidade de carregamento, aumentou o fluxo de expedição em 100% e alcançou um  lead time 33% menor.

A vivência em indústria, a experiência em melhoria de processos e a especialização em Indústria 4.0 da i3C, aliadas à engenharia e tecnologia, e à obstinação por resultados de excelência, garantiram também redução de custos e aumento da produtividade.

Reformulação de processos proporciona ganho de tempo no picking e no carregamento

Os ajustes e ampliação do RFID atendeu a demanda inicial do cliente. Já para garantir o fluxo contínuo do processo, os especialistas da i3C propuseram algumas mudanças:

  • ajuste de layout do estoque para ganhar posições adicionais;
  • área de supermercado dimensionadas de acordo com as necessidades;
  • áreas de picking para os carregamentos;
  • Docas de Setup: enquanto um caminhão é carregado, outra doca fica pronta.

A execução dessas novas práticas geraram ganhos de tempo e produtividade.

Como a IoT contribui para a tomada de decisão

Para melhor desempenho, dispositivos IoT foram instalados nas docas da expedição para informar em tempo real o exato momento em que os caminhões chegam ou saem. A visualização desses dados em dashboards fornece à indústria uma leitura real do processo de carregamento.

As informações fornecem indicadores constantes para tomadas de decisão. Os responsáveis em agendar a carga e descarga e os gestores da expedição conseguem, por exemplo, saber às 10 horas da manhã se às 18h terão cumprido as metas daquele dia. 

A solução ainda está aberta para novos avanços. A indústria poderá compartilhar as informações com o cliente final, dando detalhes precisos sobre a previsão de entrega. Um diferencial cada vez mais significativo com a expansão do e-commerce, comprovando o quanto a tecnologia transforma o ecossistema para uma indústria inteligente.  

Plano de Ação para Redução de Custos na Indústria

plano de ação para redução de custos na indústria

Este conteúdo vai guiar você pela elaboração do seu próprio plano de ação para redução de custos na indústria. Não se assuste, nem desista: o material é longo, mas está bem completo e, o melhor, funciona.

Em outra publicação nós apresentamos dicas, desta vez, oferecemos conteúdo mais aprofundado. Isso porque as dicas servem apenas de insights para identificar custos que você não estava considerando.

Para o plano de ação, primeiro, você precisa saber que planejar redução de custos não implica em simplesmente “cortar” alguns custos. Tenha em mente que é necessário fazer uma análise profunda dos recursos utilizados pela empresa, ver o que pode ser reduzido sem que a qualidade da entrega seja reduzida. Reduzir custos não é somente eliminar um custo avaliado como menos necessário, mas atuar com estratégias para fazer mais com menos. E, bem, ser estrategista ainda é um recurso humano. 

Pensando em estratégia, motivar as pessoas a produzir mais não deixa de ser uma boa iniciativa. Mas manter pessoas motivadas fazendo atividades repetitivas é um grande desafio. Então coloque alternativas no seu plano de ação que facilite o aumento da produtividade. E considere investir em tecnologia para te auxiliar nesse processo.

Se for necessário investir, é interessante analisar quais investimentos terão um payback mais expressivo mas também qual o impacto (ou quanto está perdendo) sem ter aquela tecnologia na qual estará investindo.

Nosso plano de ação é baseado em algumas etapas que utilizamos para reduzir custos nas indústrias em que atuamos. Vamos compartilhar parte do nosso segredo em alcançar os resultados que alcançamos a seguir.

Plano de Ação para Redução de Custos na Indústria em 5 Passos:

  1. Mapear os custos

    Liste todos os seus custos atuais detalhadamente

  2. Estratificação dos dados

    Busque em campo os custos que não estão nos seus relatórios de ERP.

  3. Avaliação das prioridades

    Avalie a prioridade dos custos levantados através do quadrante de urgência/ importância ou da Matriz de Gravidade, Urgência e Tendência.

  4. Plano de ação rápido

    Selecione nestes custos o que pode ser aplicado o conceito de “ver e agir” e inicie.

  5. Concentre suas ações no plano baseado no 5W2H

    Com os demais itens utilize a metodologia 5W2H e busque por parceiros que entreguem os resultados esperados.

Passo 1: Mapear os custos

Poderíamos entrar nos conceitos de custo direto, indireto e por aí vai, mas vamos propor sair da teoria e ir para a ação, ou melhor para o plano de ação para reduzir custos.

Falar de custos na indústria vai além de definir os valores e colocar o centro de custo. Existe aqueles custos que não são valores. Eles são desperdícios que, normalmente, não são contabilizados nesse levantamento realizado em um ERP por exemplo. 

É claro que você pode fazer o padrão, mas estamos aqui para sugerir uma alternativa ainda mais assertiva.

Adoro utilizar post its nos levantamentos, mas pode ser feita uma lista também, a forma que fica melhor para o seu entendimento.

A primeira etapa é relacionar todos os custos/gastos que tem sob sua gestão (pelo menos).

Dívida por setor a setor: manutenção, logística, produção, estoque, quanto mais dividido mais detalhado será sua relação de custos possíveis de reduzir. 

Passo 2: Estratificação dos dados

Separamos o passo do levantamento dos custos em duas etapas, uma que você consegue obter através dos relatórios e uma segunda etapa, que é essa que vamos chamar de caça ao tesouro.. 

Depois de fazer a lista inicial “vá ao gemba!” Visite o local que quer reduzir custos, entenda o processo e anote os desperdícios que encontra.

Pense nisso: Um olhar treinado para a melhoria contínua costuma identificar diversas oportunidades no processo, consequentemente uma melhora na produtividade e redução de custos.

Então vamos sugerir alguns pontos que você pode dar atenção ao estratificar os dados da sua visita técnica.

Considere nos seus custos: 

O custo do estoque parado: Quanto tempo um material fica parado em estoque? Por que? 

O custo das perdas de materiais do estoque e acuracidade do mesmo: Ter um inventário com 85% de acuracidade pode ser ok para alguém, mas se existe uma forma (e existe) de ter 99%, você está perdendo 14% do seu material.

O tempo de uma máquina parada (não produzindo): Você já mensura a produtividade das suas máquinas e toma decisões a partir dessa informação? 

O tempo parado do colaborador: Qual o custo hora de um colaborador? Se ele está parado é por qual motivo? Consegue mensurar a produtividade dele e da máquina que ele opera?

O custo com manutenções emergenciais: Qual a recorrência de manutenções? Não podem ser evitadas?

O tempo de carregamento dos materiais: Como é o processo? o que pode ser melhorado?

O tempo de separação dos materiais: Como é a organização desse passo? 

Esses custos podem não estar em um relatório de ERP. Se você já consegue mensurar essas informações, através da tecnologia, já está a um passo à frente da maioria das indústrias. 

Se ainda não tem esses dados, a boa notícia é que IoT é uma alternativa acessível e certeira para boa parte da coleta dessas informações. Considere fazer um investimento (pequeno) para ter as informações em tempo real e poder tomar melhores decisões.

Acompanhar o seu processo em campo te entregará muitas respostas e possíveis custos que não estava considerando no primeiro passo.

Para o próximo passo sugerimos 2 caminhos diferentes, acompanhe.

Passo 3: Defina a prioridade no seu plano de redução de custos

Depois de ter uma lista cheia de oportunidades de redução de custo, você tem algumas alternativas para identificar qual delas é mais urgente.

Para chegar na lista de prioridades final sugerimos duas ferramentas diferentes que te entregam resultados parecidos: 4 quadrantes do método Eisenhower e Matriz GUT.

A escolha da ferramenta é sua, veja qual é mais interessante para o seu caso ou qual tem mais familiaridade. Se ainda não conhece as ferramentas leia mais a seguir e defina seu método preferido.

Método Eisenhower

O método Eisenhower é utilizado normalmente para definir qual é a prioridade no quesito tempo. 

Urgente e Importante

Neste quadrante coloque todas aqueles custos importantes e urgentes de serem tratados, os que não podem e não devem ser adiadas, sob quaisquer circunstâncias. É realmente prioridade, é tudo aquilo que tem maior relevância do que o restante. Algo que nitidamente você está perdendo muito dinheiro se não tomar uma ação.

Não é urgente, mas é importante

O segundo quadrante corresponde a tudo o que não precisa ser atendido imediatamente, mas tem grande importância. São custos que não são impactantes a curto prazo, mas a médio e longo prazo.

Por exemplo, fazer manutenções preditivas não é urgente, porque neste momento não está impactando o trabalho de ninguém já que a máquina está operando normalmente. Mas certamente ter como evitar paradas urgentes e evitar custos absurdos com a manutenção corretiva é importante.

Com esse exemplo, queremos também fazer uma colocação: O grau de importância e urgência não é padrão para todas as indústrias. Cada gestor sabe qual é a real necessidade, e o prazo que ele tem para resolver problemas e reduzir custos.

É urgente, mas não é importante

Pode não ser fácil determinar quais são esses custos. Isso ocorre porque o caráter de urgência chama a atenção. No entanto, no fundo, não é algo relevante. Mas quando se trata de um custo, ele certamente deve ser visto em algum momento. 

Considere nesse quadrante custos menores, que não impactarão tanto no resultado final do seu plano de redução de custos. Mas mesmo assim são custos que sua empresa não precisa ter, não agrega valor em seus produtos/serviços, então consideramos que a exclusão desse custo é urgente.

Não é urgente e nem importante

Nem é de natureza urgente, nem tem maior relevância. Ou seja, custo baixo e impacto baixo. Se está funcionando, e a solução para reduzir esse custo tiver um payback longo, por exemplo. Ou se para gerar essa redução de custo demanda de muito tempo, considere não priorizar esses custos para mexer agora.

Matriz GUT

Definir o grau de importância e urgência pode não ser tão fácil. E colocar em uma escala pode facilitar a tarefa de definir quais dos seus custos deve ser prioridade reduzir. Nesse caso você pode utilizar a Matriz GUT.

A ideia da Matriz GUT é definir a prioridade da resolução dos problemas também. Para isso é dada uma nota de 1 a 5 para os três critérios: Gravidade, Urgência e Tendência. 

  • Gravidade: Representa o impacto do problema para os envolvidos, caso ele esteja acontecendo ou venha acontecer.  É o momento de analisar o quão grave é (será) o problema ou ação para a empresa, processo ou pessoas. 
  • Urgência: Representa o prazo ou tempo disponível para a resolução do problema ou execução da ação.  Quanto mais urgente for, menor será o tempo disponível para trabalhar no problema ou ação.
  • Tendência: Representa o potencial de crescimento do problema ou ação, ou seja, a probabilidade de se agravar com o passar do tempo (caso nada seja feito). Além do crescimento, a tendência de redução ou desaparecimento do problema também podem ser consideradas na análise da tendência.

Para cada um deles é atribuída uma pontuação equivalente para, a partir disso, planejar as ações, que é o nosso próximo passo.

Matriz GUT para redução de custos na indústria
Matriz GUT

Exemplo: Matriz GUT para Redução de Custos na Indústria

Vamos utilizar alguns exemplos abaixo de custos para mostrar como ficaria a ordem de prioridades no resultado final.

Exemplos de matriz GUT para redução de custos na indústria
Exemplo de GUT para redução de custos na Indústria

O nível de gravidade, urgência e tendência vai variar de indústria para indústria, como já comentamos. Vamos entender porque colocamos essas “notas” para cada item.

Para nós ter custo de retorno de mercadoria por defeito é bem grave, muito urgente e pode ter tendência a piorar. Isso porque envolve diversos custos como: custo da logística reversa, custo do reenvio do novo produto, custo do conserto ou custo de um novo produto, tempo de todo o reprocesso, além do desgaste da marca.

O custo com manutenções urgentes é grave, mas não necessariamente compromete a operação se estiver em funcionamento. Quando a máquina está parada é urgente que seja realizada a manutenção e não um investimento em manutenção preditiva. E conforme a máquina vai desgastando a tendência é piorar as manutenções urgentes. Um custo da máquina parada envolve também o custo da hora/homem e hora/máquina, o atraso na produção e consequentemente atraso do faturamento.

O tempo de separação dos materiais pode ser variável, com um sistema RFID provavelmente esse seja uma custo baixíssimo e que não vale a pena mexer, já que todo o processo é automatizado, conferido em tempo real e muito mais rápido. Mas nesse caso consideramos que não tem RFID ainda e que o gestor não sabe o quão rápido pode ser esse processo. Então é grave, mas como ele não sabe o quanto pode melhorar (só que os motoristas reclamam que demora) não considera tão urgente, e a tendência é manter na mesma.

Perder produtos em estoque porque passou da data de validade é urgentíssimo e gravíssimo. Pode até ser que não vá piorar e que seja situações ocasionais ou produtos específicos, mas isso é muito desperdício.

A somatória dos pontos de cada um gera uma sequencia de prioridades. E na nossa matriz de GUT o ranking ficou listado na coluna de sequencia de atividades, como podem acompanhar na tabela anterior.

Passo 4: Plano de Ação Rápido

No passo 3 você definiu a prioridade de cada um dos custos possíveis de eliminar. Certamente nessa análise você já identificou alguns que são resolvidos facilmente, sem demandar grandes investimentos de dinheiro e tempo. Separe esses custos e utilize o método Ver e Agir.

As ações “ver e agir” em uma empresa, possibilitam a correção de problemas não priorizados, sem grandes esforços e investimentos.

Não precisamos nem entender os conceitos do método para saber o que fazer, não é mesmo? Então direcione essas atividades e comece a colher os frutos da melhoria contínua em ação. 

De fato o ver e agir está dentro do 5W2H, mas é tão óbvio que pode levar mais tempo para você preencher o plano 5W2H do que implantar a melhoria propriamente dita.

Passo 5: Concentre suas ações no plano baseado no 5W2H

Agora que nós já sabemos quais são os nossos custos, já entendemos o que é necessário reduzir e definimos a prioridade, está na hora de definir como vamos de fato reduzir custos na indústria.

Utilize uma planilha que resposta às seguintes questões:

  • What: o que fazer para solucionar o problema?
  • Why: por que fazer dessa forma?
  • Where: onde será realizado o projeto?
  • When: quando e qual o prazo de finalização previsto?
  • Who: quais áreas são responsáveis?
  • How: qual será a metodologia utilizada?
  • How much: qual o orçamento disponível ou previsto?
Plano de ação para redução de custos na Indústria
Plano de ação para redução de custos na Indústria

Reduzir custos na Indústria não é uma atividade tão fácil, e criar um plano de ação para redução de custos pode ser uma tarefa ainda mais árdua. Exige tempo, exige atenção, exige conhecimento e exige dados. 

Infelizmente a teoria é linda, mas na prática vemos gestores e diretores industriais sem ideias para reduzir custos, porque contam apenas com poucos dados lançados no ERP ou ferramentas de controle. É o melhor que podem fazer com as ferramentas que tem disponível. 

Mas quem quer mudar essa situação e de fato reduzir custos vai além do centro de custo, e pode contar com a I3C nesse desafio. Esses 5 passos são apenas alguns dos quais realizamos nas indústrias e outros segmentos. 

Parceria para o Plano de Redução de Custos

Reduzir custos e melhorar a produtividade é a essência da I3C. Nós diagnosticamos o processo dos nossos parceiros e identificamos oportunidades de melhoria, com nosso olhar técnico e especialista. 

Quando você identifica que tem algo a melhorar mas não tem como mensurar ou não sabe por onde começar (e se vale a pena começar) é a hora de entrar em contato com nossa equipe. Todos os nossos projetos são entregues calculando o ROI / Payback, nós te garantimos um projeto que vale a pena. Acredite.

Se você quer reduzir custos, efetivamente, considere um diagnóstico da I3C

Benefícios do Controle de estoque por RFID

beneficios controle de estoque por rfid

Esse post vai te dizer por que você deveria considerar fazer o controle de estoque por RFID na sua empresa. E mais: o que você está perdendo por não ter controle do seu estoque.

É fato que há diferentes formas de se controlar o estoque de uma empresa, e a forma escolhida precisa fazer sentido ao processo da sua empresa. O que devemos complementar aqui, é que a gestão ou o controle de estoque é muito mais que controlar a entrada e saída dos materiais. 

É no estoque que estão armazenados os ativos da empresa responsáveis pelo capital de giro. E as informações do estoque impactam diferentes setores, como compras, comercial, marketing, produção e financeiro, pelo menos. Então, a falta ou o equívoco de informações pode impactar muito mais que se imagina primariamente, certo?

A gestão e as ferramentas que você usa no estoque da empresa deve facilitar essa entrega de informações aos setores envolvidos.

Dada a necessidade, a tecnologia busca atender essa demanda e resolver os problemas relacionados a falta de gestão e controle de estoque. E como o nosso título e introdução já deram spoiler, essa tecnologia pode ser o RFID.

O RFID

O RFID é identificação por radiofrequência, basicamente temos uma etiqueta RFID com um microchip anexa ao seu produto, que vai enviar as informações contidas nelas por ondas de rádio para a antena, instalada no seu estoque (por exemplo). E da antena fazemos a integração com o seu ERP para a leitura dessas informações. 

E lembre-se: todas as informações relevantes para o seu produto podem ser armazenadas nesse chip. 

Sabemos que você tem muitos benefícios e motivos para usar o RFID, mas já parou para pensar no impacto de não fazer uma boa gestão do seu estoque?

Quais podem ser as consequências da falta de um bom controle de estoque?

  1. A falta de um produto em seu estoque gera brecha para seu cliente comprar com o concorrente.
  1. O excesso de materiais em estoque é um custo alto. E caso venha a ocorrer uma perda de itens por vencimento, por exemplo, resultará em uma perda financeira equivalentemente maior.
  1. Há uma perda financeira causada pela perda ou extravio de produtos, e muitas vezes não é nem calculada, simplesmente se faz o ajuste no inventário para “resolver”.
  1. O tempo com a localização do item, separação dos materiais e entrega do pedido pode ser uma desvantagem (ou vantagem) da sua empresa frente ao concorrente.
  1. No caso de garantia, a falta de informações detalhadas do item dificulta a identificação da causa do problema e um possível problema no lote. 
  1. Ter uma metodologia de cadastro de produtos muito abrangente, como é o caso do código de barras, dificulta a consulta de materiais.

Aliás, o uso de tecnologia abrangente demais dificulta o controle de estoque dos gestores, principalmente os que optam por PEPS/FIFO e Just in Time, que são os métodos de controle de estoque mais utilizados nos mercado. Veja bem, se você não tem como controlar item a item com informações individuais, logo a aplicação desses métodos se tornam difíceis de manter. 

Todos esses 6 desafios são resolvidos com o uso de RFID. Vamos pensar em um processo que contemple RFID para o controle de estoque, e visualizar o impacto da tecnologia nesse processo.

Benefícios no Processo usando RFID no controle de estoque

Uma caixa de remédio recebe uma etiqueta indicando a data exata da fabricação, o lote, o vencimento, o custo. Para atender a demanda de um pedido, o sistema já indicará onde está localizado as caixas mais antigas para fornecimento. Todo o processo de localização e separação do item leva em torno de 5 minutos. 

O inventário dos 10 mil itens em estoque leva apenas 1 hora, então as informações estão sempre atualizadas e são precisas. E ter essas informações atualizadas facilita a requisição de nova matéria prima conforme o estoque vai baixando para o mínimo. Dessa forma é possível utilizar o método just in time, reduzindo custos com armazenamento

Outra redução que o uso de RFID proporciona é o de tempo. O processo de localização de um item específico é muito mais rápido, se houve deslocamento do mesmo para outro setor, por exemplo, é possível identificar no sistema. 

A perda de material por vencimento vai a zero. Já que além da possibilidade de usar o método PEPS, ainda pode ter o controle da validade dos itens pelo sistema fornecendo primeiro os medicamentos mais antigos. Com esse controle também é possível identificar se deve baixar a produção para não ocorrer perdas de medicamentos.

Tudo acontece em tempo real, e essas informações também estão disponíveis em tempo real na tela do gestor. Que tomará melhores decisões baseadas nelas.

Consigo pensar ainda no usuário final rastreando o processo do medicamento e se sentindo seguro em consumir de um laboratório de procedência.

Apesar de ser simplório, o exemplo acima, do uso de RFID no controle de estoque, você pode facilmente replicar a outros segmentos. Deixamos abaixo o exemplo do uso do RFID no controle de estoque pensando diretamente no varejo. 

CASE: Controle de Estoque por RFID no Varejo

E por fim…

Vou finalizar com uma questão para você leitor: A sua gestão de estoque atual é eficiente?

Se por qualquer motivo, ficar na dúvida ou quiser melhorar, entra em contato agora mesmo que juntos analisaremos como a tecnologia pode te ajudar.

Redução de custos na Indústria

Redução de custos na indústria

Vamos começar dizendo que Indústria não significa apenas o chão de fábrica. Sim, a redução de custos na Indústria vai além do custo direto da produção e matéria prima. O desperdício pode estar em diversos setores e processos dentro da empresa, e vamos ver aqui 5 desperdícios/ possibilidades de reduzir custos da indústria no geral.

A Redução de custos na Indústria está diretamente relacionada a uma boa gestão. Certamente, há melhorias possíveis na sua empresa que ainda não foi dada a devida atenção, por “N” motivos.

As formas ou ferramentas para identificar como reduzir custos na sua empresa são diversas, mas se não usadas com direcionamento e olhar estratégico, serão apenas mais um custo. 

E vamos partir da “filosofia” do Benjamin Franklin

“Tenha cuidado com pequenos custos. Uma pequena fenda afunda grandes barcos” 

Redução de Custos na Indústria: Frase de Benjamin Franklin

5 diferentes formas de reduzir custos na Indústria

Como mencionei acima, a gestão de custos nesse post ampliará os horizontes, e seguiremos com possibilidades das diversas áreas da indústria.

Em resumo, vamos avaliar a possibilidade de redução de custos na Indústria com:

  1. Economia de energia
  2. Manutenção das máquinas
  3. Ociosidade dos colaboradores
  4. Desperdício de tempo no processo de logística
  5. Padronização de processos 

Economia de energia elétrica

Um dos fatores que pode ser explorado é a redução de custos com energia elétrica dentro das indústrias. Esse custo, nem sempre recebe a devida atenção mas pode gerar boas economias quando pensado estrategicamente. 

Uma das opções é avaliar a possibilidade de incluir placas solares. As empresas que fornecem esses materiais e fazem a instalação das placas solares conseguem estimar qual a sua economia e em quanto tempo você tem o retorno. 

Mas nem sempre as indústrias têm essa possibilidade. E embora fazer uma negociação com a provedora de energia elétrica seja essencial, você ainda pode contar com a opção de controlar o seu consumo

Já falamos aqui no blog como a Kellogg economizou U$$ 3,3 milhões por ano em energia elétrica. E essa é a nossa sugestão aqui. Utilize dispositivos IoT para monitorar o consumo e identificar possíveis desperdícios. 

Se na sua empresa possui refrigeradores ou câmara fria, a falha na eficiência de um desses equipamentos pode onerar sua fatura no final do mês. Principalmente quando não é identificado rapidamente. E nessa situação ainda pode ter um segundo desperdício que é o caso de perda de matéria prima que estragou pela falta da baixa temperatura, por exemplo. 

Manutenção das máquinas

Você deve considerar fortemente, a manutenção preditiva nas máquinas, no seu plano de redução de custos. Qual a diferença de manutenção preditiva e preventiva?

Manutenção preventiva: é aquela que você previne problemas futuros. 

Manutenção preditiva: é quando você sabe que terá problema devido ao histórico do processo. Esse “saber” pode ser pelo feeling do operador da máquina, que pode perceber alterações na usabilidade. Ou ainda, pode ser pelo sistema da própria máquina que sinaliza esses erros.

O desafio é: dificilmente esses relatórios da máquina são vistos sem ter apresentado problema, que em muitos casos é a inoperabilidade da máquina. 

Aqui novamente, com a tecnologia IoT, é possível ter informações sobre as alterações da máquina em tempo real, diretamente na tela do computador ou celular do gestor. 

Assim economiza na manutenção dos equipamentos, já que sendo avisado com antecedência pode evitar a perda do item específico, que venha a apresentar problema. Economiza também com a mão de obra parada, no caso de inoperatividade. Isso sem contar o tempo de espera com material de reposição, com o custo adicional por chamado de emergência entre outros.

Ociosidade

Quanto se trata de trabalho, a ociosidade se refere ao tempo em que os colaboradores não estão desempenhando nenhuma atividade em favor da organização.

Vamos pegar o gancho de IoT na máquina e, já resolver mais uma questão aqui. Tendo a correta gestão das máquinas, é possível identificar como está a produção e o uso delas. Com isso é possível identificar se ela está operando tempo suficiente ou pouco tempo. 

O tempo de ociosidade da máquina, pode ser também o tempo ocioso do operador da máquina. Ou seja, impacta nos custos de produção. 

Resolver o desafio de ociosidade pode não ser tão simples quanto instalar uma ferramenta com tecnologia, avaliar os resultados e tomar as decisões. Muitas das vezes esse tempo sem serviço é devido ao colaborador não estar engajado. E nessas situações, o ideal é atuar para motivar sua equipe.

Desperdício de tempo no processo de logística

Dentro do conceito de produção enxuta, a logística é considerada um conjunto de operações que devem ser reduzidas ao máximo dentro das organizações.

Pode parecer algo impossível para muitas empresas e gestores, mas é uma possibilidade sim. E há uma luz ao fim do túnel e tem muito o que se fazer, poderíamos pensar em um post só para isso. Mas vamos encurtar a conversa aqui.

Sugerimos fazer um levantamento de todo o processo logístico, e setar qual o tempo para cada atividade. “Vá ao Gemba!” (palavra de origem japonesa que significa o “verdadeiro lugar”). E eu sei que normalmente usam para o chão de fábrica, mas se encaixa bem aqui.

Só com esse simples (nem tanto) levantamento já é possível identificar onde há gargalos. E atuar para corrigir. Algumas sugestões:

  • Cronometre o tempo utilizado para cada procedimento requerido ao operador de logística
  • Anote sobre os deslocamentos
  • Identifique problemas no processo
  • Converse com o requisitante sobre o tempo de espera
  • Veja qual o processo usado para encontrar os materiais

Quanto mais detalhes tiver mais poderá corrigir e melhorar a produtividade. Considere na solução: Mudanças de layout, gestão do pessoal, sistema ERP e a forma de identificação dos materiais.

Deixa eu te contar: normalmente os custos com esses desperdícios são tão altos que implantar RFID se torna barato e a decisão mais viável.

Padronização de processos 

Se as empresas (ou melhor, os colaboradores) soubessem o poder que tem padronizar um processo, certamente se empenhariam em fazê-lo. Visto que a padronização é certamente, uma excelente ferramenta para aumentar a produtividade e reduzir os desperdícios da empresa.

Quando temos um procedimento padrão sendo seguido, a operacionalização do processo é viabilizado. Além de obter-se a vantagem de fazer uma entrega sempre alinhada às expectativas, uma entrega sistemática.

Sem contar que elimina desperdícios de tempo, fazendo de novas ou outras formas, que podem não ter o mesmo resultado. Ou seja, gera de fato a redução de custos na indústria que tanto queremos.

Agora, engana-se quem pensa que a padronização dos processos deve ocorrer apenas no chão de fábrica. Veja ainda mais resultados quando fizer a padronização de ponta a ponta. Envolvendo todos os setores, inclusive administrativo e vendas. Já pensou nisso?

Concluindo

Falamos sobre 5 possibilidades de reduzir custos na indústria. E essas possibilidades não são apenas pensando nos custos diretos de produção e matéria prima. 

Você tem olhado como reduzir custos nessas áreas da sua empresa?

Quer saber mais sobre a relação de redução de custos e as tecnologias disponíveis? 

Leia esse post com 3 tecnologias e 9 diferentes idéias do uso delas na indústria de alimentos.

5 diferentes formas de reduzir custos na Indústria

  1. Energia Elétrica

    Monitore seu consumo com dispositivos IoT e atue para diminuir custos desnecessários.

  2. Manutenção das Máquinas

    Atue de forma preditiva e elimine custos com emergências, confie na tecnologia para auxiliar nas manutenções.

  3. Ociosidade

    Controle a ociosidade das máquinas e mão de obra, identifique o motivo de haver tempo ócio, reduza seus custos e ainda aumente sua produtividade.

  4. Desperdício de Tempo no processo Logístico

    Faça um levantamento de tempo para cada atividade que o operador leva, registre os tempos e o caminho que ele percorre. Certamente identificará boas melhorias nesse processo.

  5. Padronização de Processos

    Faça a padronização de ponta a ponta na sua empresa, e verá que todos os setores (até o ADM)vão apresentar melhorias.